Celebrou-se ontem o dia Mundial do Coração, dia este que tem como objetivo alertar para os riscos das doenças cardiovasculares e promover bons hábitos de vida que preservem a saúde deste órgão, que afinal é um músculo.
Neste dia fala-se de hipertensão, de insuficiência cardíaca, de obesidade e de tantas outras patologias que podem afetar o nosso coração. E do coração partido? Não se ouve falar…
Sabemos que o coração se pode partir, não de forma literal, não se vai partir ao meio, mas de forma figurada, pode ser despedaçado por um qualquer desgosto.
É o desgosto incurável de perder um filho, que sem dúvida parte o coração em mil bocados que nunca voltarão a estar juntos. E são também os desgostos de amor que o quebram em dois, até que se voltam a "coser" as duas metades como se de um pano se tratasse, o desgosto passa, mas fica a marca para sempre. São as marcas que a vida nos deixa que nos vão moldando, que nos fazem (des)confiar e que nem sempre nos deixam seguir caminho.
Que felizes seríamos se nunca nos tivessem partido o coração, se nunca tivéssemos que ter deixado partir as nossas pessoas queridas, aquelas que ocupavam um lugar especial no coração e que deixaram o lugar vazio.
Mas o coração também nos surpreende, onde achávamos que só cabia um grande amor, cabem dois ou três ou os que vierem, sim os filhos, aquele amor que não se divide, mas sim se multiplica, porque mesmo num coração partido cabe o amor.