Na área da saúde a empatia é fundamental para estabelecer uma relação de confiança entre o paciente e o profissional de saúde. É esta empatia que surge de um sorriso, da compreensão, da forma de escutar com atenção as queixas e angustias dum paciente, de não julgar mas apoiar, é tão fundamental como qualquer tratamento ou terapia. É quando os pacientes partilham a opinião sobre um profissional ou serviço que podemos medir o nível de empatia gerado.
Mas e no nosso dia-a-dia como podemos ser mais empáticos?
Numa conversa entre familiares foi lançado o tema: Empatia. Antes de qualquer coisa, foi feita a seguinte pergunta - "Sabem o que é a empatia?" - ao que quase todos responderam que sim, mas ao pedir a sua definição já nem todos sabiam o que dizer… Alguém definiu como "é colocares-te no lugar do outro e tentares entendê-lo", acrescentando "mesmo que não estejamos de acordo ou que não gostemos da pessoa".
Entendido o conceito surgiu a segunda pergunta - "Acham que a empatia é importante?" - e com ela veio a típica resposta do "Depende … ". E tantos outros se questionaram "Depende? Do quê?". Alguém fundamentou que dependia se fosse em contexto pessoal ou geral. Ou seja, de uma forma geral, e para se viver em sociedade, sendo que é algo inevitável, é importante que exista empatia, que exista esse respeito, compreensão e aceitação pela realidade de cada um, principalmente dado o contexto atual. Contudo, a nível pessoal, a opinião muda. Sim é importante haver empatia, mas não a qualquer custo, é importante que exista um equilíbrio pois não podemos apenas ouvir e compreender os outros e esquecermo-nos de nós próprios e dos nossos problemas.
Então e em que tipo de ambientes é importante ou não ser empático?
Para além da área da saúde que já foi mencionada, em ambiente escolar ou noutras áreas profissionais, a empatia é essencial. Se soubermos compreender e aceitar diferentes pontos de vista, conseguimos também expor melhor as nossas ideias sem invalidar as contribuições de cada colega e dessa forma crescer e aprender. Por outro lado, com amigos ou família, se tentarmos compreender o outro, haverá mais tolerância, paciência e apoio. Haverá também mais confiança pois daremos espaço ao outro, garantindo que será ouvido e a sua realidade será tida em conta.
Surgiu ainda um tópico interessante: a educação. É necessário e importante haver empatia na educação? Será que nos devemos tentar colocar no lugar de um bebé, uma criança ou um adolescente? E porque não? Porque não podemos tentar perceber o que um bebé ou uma criança está a sentir para fazer isto ou aquilo? Com este tópico surgem diferentes opiniões sobre o respeito, a educação, entre outros. Existem diversos tipos de educação, é um facto, mas o respeito e a empatia devem fazer parte de todos eles, não só dos filhos para com os pais mas também o contrário.
A empatia é algo fundamental, é um pilar para qualquer relação. É importante que todos nós, antes de agirmos, pensemos no outro, não nos esquecendo de nós próprios, mas tentando compreender a sua realidade colocando-nos no seu lugar.