Todos nós já tivemos dores, pontuais ou mais prolongadas, dores que terminam quando a sua origem é identificada e pode ser tratada. No entanto, há pessoas que têm dores permanentes cuja origem pode ser desconhecida ou então simplesmente porque a patologia que as originou não pode ser curada. E desta forma a dor passa a tomar conta dos dias e das noites destas pessoas, instala-se de tal forma que acaba por ser ela (a dor) que dita o rumo de cada dia.
Uma das doenças que leva a que se viva com dor permanentemente é a fibromialgia. O diagnóstico é feito por exclusão de outras doenças de origem reumática e/ou autoimunes.
Não se sabe ainda o que origina a fibromialgia mas sabe sim que estes pacientes têm uma sensibilidade à dor muito superior a quem não tem fibromialgia. Os nervos, medula e cérebro fazem com que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.
A queixa mais comum dos pacientes com fibromialgia é a dor crónica e difusa pelo corpo e o cansaço generalizado. Falhas de memória, síndrome do intestino irritável e depressão são também consequência desta situação clínica.
E como é possível (sobre)viver à dor crónica? É preciso uma equipa multidisciplinar para ajudar estes pacientes. A medicação é uma grande aliada e não deve ser vista como inimiga, vai ajudar nas crises de dor maior ou até minimizar estes picos, a medicação para regularizar o sono, que é fundamental que seja reparador e uma ajuda na ansiedade e depressão. É fundamental ter um acompanhamento médico regular e se for necessário recorrer à ajuda da psicologia clínica.
O exercício físico moderado também é recomendado, assim como a fisioterapia musculoesquelética, que vai em muito contribuir para o relaxamento da tensão muscular causada pela dor e promover o alongamento dos tendões das articulações.